domingo, 27 de junho de 2010

Histórias do esporte: Jade tem lesão praticamente irreversível, diz médico

Nesta semana surgiu a informação de que, segundo o médico particular de Jade Barbosa, Sandro Deodato, a lesão no punho da ginasta é irrecuperável. Em entrevista, o especialista esclareceu a situação da atleta e descartou a possibilidade imediata de cirurgia no local.

"É uma lesão muito rara. É um caso muito difícil de se encontrar, praticamente irreversível, e já foi muito discutido. O problema é que, se ela fosse uma jornalista, por exemplo, não teria tantos problemas. Só que ela é uma atleta, que precisa usar muito as mãos, o que pode prejudicar ainda mais. Há uma possibilidade de ela fazer uma cirurgia, mas não neste momento", afirmou.

O médico também confirmou que chegou a comentar sobre a possibilidade da realização de consultas em países estrangeiros. Entretanto, a hipótese foi descartada por César Barbosa, o pai de Jade, por causa dos altos preços dos tratamentos.

"Eu indiquei alguns médicos para eles, mas tem a questão financeira, que pode aumentar muito os custos do tratamento. Porém, o mais importante é a opinião de outros especialistas sobre o caso, porque não há muita diferença entre as cirurgias realizadas aqui e em outros países", disse.

Quando perguntado se ele teve algum contato com os médicos do Flamengo, o clube em que a ginasta treina, Sandro Deodato admite que não conversou com eles, e que Jade já o consultou sabendo da gravidade da lesão. "Na verdade, ela já veio com os exames na mão e nada mudou desde então. A única diferença é que a Jade melhorou muito em relação à dor que ela sentia quando veio se tratar", afirmou.

César Barbosa disse não estar ciente que os ginastas estejam sofrendo com falta de água e ventiladores no ginásio onde os atletas do Flamengo praticam. "A imprensa falou, mas isto não é real. O fato é que aqui no Rio de Janeiro está muito calor, mas o galpão onde elas treinam possui ventiladores e água sim, eu estava no clube para provar isso", disse.

Ele também explicou o caso em que Jade ofereceu uma camisa autografada a um vendedor de uma farmácia, negando as informações de que a atleta estaria trocando bens pessoais por medicamentos. "Sobre essa história, a Jade só assinou a camisa como uma gratidão ao rapaz, não era uma troca. Acho que foi mais um agradecimento, uma gentileza. Até tiramos foto juntos", confirmou.