MMA A mistura de artes marciais, conhecida como MMA (do inglês, Mixed Martial Arts), tem o número de praticantes cada vez maior e sua popularidade crescendo em todo o mundo, principalmente no Brasil, onde contamos com diversos atletas de destaque, entre eles Anderson Silva (“Aranha”), Ronaldo Souza (“Jacaré”), Nick Diaz, Rodrigo Minotauro e Vitor Belfort.
Em 1993, Rorion, filho de Hélio Grace aproveitou o sucesso que vinha tendo como professor de jiu-jitsu nos Estados Unidos para profissionalizar os desafios de luta em pé e no solo. Assim, criou o Ultimate Fight Championship (UFC), colocando lutadores das mais diversas artes marciais, e dos mais variados pesos, frente a frente dentro de um ringue no formato de um octógono e cercado por grades, que passaram a se dar como duelos de vale-tudo sem a presença da mídia.
Apesar do sucesso do esporte, o UFC não conseguia se manter rentável no início dos anos 2000 e beirou a falência. Em 2001 o ex-empresário de boxe Dana White convenceu os amigos de infância Lorenzo e Frank Fertitta, donos da rede de Cassinos Station, a comprarem o UFC.
Os três fundaram uma empresa chamada Zuffa e compraram o UFC por apenas 2 milhões de dólares. Após várias mudanças nas regras conseguiram legalizar o esporte em praticamente todos os estados americanos.
Com a marca nas mãos, organizaram as regras que foram desenvolvidas na última década, principalmente as que visavam a integridade física do lutador. Dessa forma, findaram de vez com o vale-tudo e apresentaram ao mundo o MMA, a mistura de artes marciais.
As lutas acontecem em três (lutas comuns) ou cinco (lutas de disputa por cinturão) rounds de cinco minutos cada. São permitidos o uso de shorts aprovados e luvas leves (de quatro a seis onças) que deixam os dedos livres. Além disso, é de uso obrigatório os protetores bucal e genital.
Considerado um esporte de extremo contato físico, o MMA tem escoriações faciais como lesões mais freqüentes, seguidas por lesões traumáticas como fratura de ossos da face e de costela, luxação acromioclavicular e lesões ligamentares de membro inferior. Devido a essa epidemiologia, o papel preventivo das lesões mais comuns no esporte são de difícil prevenção, sendo papel do fisioterapeuta no momento da luta estancar sangramentos e realizar atendimentos imediatos durante os intervalos entre os rounds. No entanto, somente o médico e o juiz são autorizados a entrar na área de competição a qualquer momento e interromper a luta, se julgarem necessário.
Fora do ringue, o trabalho do fisioterapeuta é de fundamental importância tanto no caráter curativo como no caráter preventivo. É importante conhecer a biomecânica do esporte e as características de cada atleta a ser tratado, pois as preferências por determinadas artes marciais definirão se o lutador realizará mais movimentos em cadeia cinética aberta (como é o caso dos membros superiores em boxeadores) ou em cadeia cinética fechada (no caso de judocas e lutadores de jiu-jitsu).
Podemos citar como medidas preventivas os seguintes itens:
- Preparo adequado mental e fisico
- Uso de materiais adequados
- Conhecimento acerca dos fatores climáticos (tipo de lesão no frio e no calor)
- Repouso adequado
- Pratica de atividades compensatória
É indispensável, portanto, que o Fisioterapeuta do Esporte conheça as características dos esportes de seus pacientes, possibilitando um tratamento individualizado com enfoque em prevenção de lesões e retorno à prática esportiva de maneira mais funcional possível.