Infelizmente, muitos treinadores e professores de educação física não obedecem aos limites físicos e psicológicos das crianças, submetendo-as a sobrecargas em busca de resultados esportivos. Isso é muito verificado em clubes que exigem o alto rendimento.
Outras vezes os próprios pais são os causadores desses estresses, exigindo de seus filhos desempenhos para as quais ainda não têm maturação biológica e emocional suficientes. Pior para as crianças, cujas sobrecargas vêm dos dois ambientes: a casa e o clube.
O resultado dessa sobrecarga, pode se apresentar como uma síndrome psicossomática importante, que pode ser identificada pelos seguintes sinais: vertigens, tiques nervosos, onirismo, enurese noturna, poliúria, diarreia, anorexia, vômitos, dificuldade de aprendizado, dificuldade de memorização e até transtornos de caráter.
Os atletas estão se tornando profissionais cada vez mais cedo. Respeitando-se a maturação biológica, as crianças não deveriam competir antes dos doze anos de idade, nem treinarem uma única modalidade esportiva antes disso.
Até os doze anos, a criança deve ter contato com esportes variados para melhor harmonização do crescimento ósseo muscular. Competições escolares e sociais antes dessa idade, devem ter caráter estritamente lúdico, sem qualquer sobrecarga física ou emocional.
Infelizmente, alguns esportes obrigam os praticantes a fugir desta regra fisiológica, porque seus grandes campeões estão sendo fabricados com idade cada vez menor.