O teste ergoespirométrico têm como objetivo principal determinar valores importantes de valências que serão utilizadas durante toda a temporada, além de ser uma avaliação da condição física do atleta.
Para que este tipo de teste ocorra é necessário equipamento específico, de alto valor e pessoal especializado para avaliar os dados de forma correta. É importante ressaltar que existem vários protocolos que englobam este teste sendo que estes se diferenciam principalmente na questão do aumento da velocidade em relação ao tempo, além de elevações ou não da angulação da esteira.
No clube, realizamos estes testes no Hospital das Clínicas, mais precisamente no LEM (Laboratório de Estudos do Movimento), sob a supervisão do Dr. Paulo Roberto Silva. Escolhemos realizar os testes neste local pelo protocolo aplicado, que na nossa opinião, é o mais específico que o futebol e futsal exigem. Não há elevação da angulação da esteira e a velocidade aumenta de forma progressiva, sendo que depois de determinado tempo esta passa a subir de forma mais intensa.
O teste é realizado em uma esteira, sendo que o atleta fica ligado a vários fios que ligados a computadores determinam em tempo real condições respiratórias, além de informações cardíacas do indivíduo. Durante o teste são colhidas informações como o BORG (Percepção Subjetiva do Esforço); pressão arterial e frequência cardíaca.
Nas várias fases do teste, compostas por aumento da velocidade, este dados vão sendo analisados até o momento em que o atleta chega a exaustão. O teste é tido como concluído após este chegar ao valor máximo do BORG e sua frequência e pressão analisadas após a recuperação.
Através dos dados obtidos pelo testes, conseguimos determinar os limiares 1 e 2, VO2 máx, além de determinar valores picos de velocidade e frequência cardíaca que só podem ser determinados com o teste máximo e presença de um cardiologista. Com os dados obtidos determinamos os valores que utilizaremos para nortear a pré- temporada e toda a programação anual de treinos.
Os limiares dos metabolismos aeróbio (utilização de oxigênio) e anaeróbio (não utilização de oxigênio) determinam quais as condições reais de resistência e potência dos metabolismos citados anteriormente, com isso realizamos nossos treinamentos afim de melhor ou manter tais características.
Já o Vo2 máx determina a potência aeróbia, ou seja, a máxima condição que o organismo do atleta possui de captar e utilizar o oxigênio e que no caso específico do futsal auxilia na recuperação dos atletas após os estímulos de grande intensidade e curta duração.
Por tudo que foi citado anteriormente de forma simplificada, se torna essencial a execução deste teste para que seja realizado o planejamento da pré-temporada e toda a programação anual, favorecendo assim a distribuição das cargas de treinamento para que os atletas possam atingir rapidamente sua condição física ideal, além de facilitar a manutenção de valências que já se encontram bem desenvolvidas.